domingo, 13 de maio de 2007

Efectos Secundarios

Escrevendo assim parece que vc sabia onde ia chegar, todo o processo ficou claro depois de acontecido, parece que tudo teve razão de ser. E se vc consegue ver dessa forma é porque foi tudo realmente encaixado... hum, não pelo destino, não. Deve ser algo mais palpável, menos mágico e mais real. Conseguir contar a sua história Michelino, a sua caminhada até aqui, acho isso maravilhoso. E a vida da gente é louca mesmo. Dava pra virar filme. Porque é que queremos padronizá-la e torná-la normalzinha? Pra não termos nada pra contar depois? Pra ser no máximo um capítulo do meio de uma novela qualquer da globo? Prefiro que se pareça com filme mesmo, com mariposas voando e a gente tentando não se afogar. E se for pra sentir dor vamos senti-la. E se for pra morrer e renascer e começar um novo capítulo vamos, mesmo com medo, vamos, porque sempre há tempo.

En el fondo, no hay nada que hacer. Siempre tendrás dieciocho, porque eres joven sólo una vez, pero inmaduro para siempre.

No hay instrucciones para cumplir treinta. Pero si las hubiera, serían estas:

- Haz una lista de todo lo que no te gusta de ti y luego tírala. Eres el que eres. Y después de todo, no es tan malo como te imaginas un domingo de cruda.

- Tira el equipaje de sobra. El viaje es largo, cargar no te deja mirar hacia delante. Y además jode la espalda.

- No sigas modas. En diez años te vas a morir de vergüenza de haberte puesto eso, de todas maneras.

- Besa a tantos como puedas. Deja que te rompan el corazón. Enamórate, Date en la madre, y vuelve a levantarte. Quizás hay un amor verdadero. Quizás no. Pero mientras lo encuentras, lo bailado ni quién te lo quita.

- Come frutas y verduras. Neta, vete acostumbrando a que no vas a poder tragar garnachas toda la vida.

- Equivócate. Cambia. Intenta. Falla. Reinvéntate. Manda todo al carajo y empieza de nuevo cada vez que sea necesario. De veras, no pasa nada. Sobre todo si no haces nada.

- Prueba otros sabores de helado. Otras cervezas, otras pastas de dientes.

- Arranca el coche un día, y no pares hasta que se acabe la gasolina.

- Empieza un grupo de rock. Toma clases de baile. Aprende italiano. Invéntate otro nombre. Usa una bicicleta.

- Perdona. Olvida. Deja ir.

- Decide quién es imprescindible. Mientras más grande eres más difícil es hacer amigos de verdad, y más necesitas quien sepa quién eres realmente sin que tengas que explicárselo. Esos son los amigos. Cuídalos y mantenlos cerca.

- Aprende que no vas a aprender nada. Pero no hay examen final en esta escuela. Ni calificaciones, ni graduación, ni reunión de exalumnos, gracias a Dios. Felices treinta, viejo. Bienvenido al resto de tu vida

domingo, 6 de maio de 2007

in almost every picture

Acabei de descobrir que a arte está em tudo. Acabei de descobrir que arte não tem definição. Quando uma coisa feita por outra pessoa me toca é arte e pronto.
Fui na The Photographer's Gallery hoje e uma das esposições era desse sujeito, Erik Kessels. O cara além de outras coisas é colecionador de fotos e imagens antigas de outras pessoas. Aí ele fez uma série de livros maravilhosa: in almost every picture. Cada livro é uma coleção de fotos cujo tema fica evidente em todas as fotos.
1) O primeiro eram fotos feitas por um marido em diferentes lugares do mundo e sua mulher aparece sempre no centro. Ao longo de muitos anos ela aparece em todas as fotos elegante, bem vestida e fazendo pose. As roupas, o cabelo e a paisagem vai mudando mas ela inevitavelmente está sempre no meio.
2) O segundo livro era muito fofo: mostra a obsessão de uma família por seu cachorro dálmata. É ele que rouba a cena em todas as fotos. As paisagens são lindas mas o personagem principal é aquele cachorro que deve ter sido amado imensamente! Quanta coisa ela viveu junto com aquela família!
3) O terceira são fotos de 2 irmãs gêmeas não vitelinas que se vestem identicas apesar de serem bem dierentes fisicamentes. Não importa comquem esejam nas fotos ou onde, estão sempre ipecavelmente iguais.
4) O quarto livro é uma coleção de fotos noturnas de animais silvestres pegos desprevinidos. Hehehe, já vi muitas dessas mas quem diria que o material de trabalho de câmeras-trap viraria arte nas mãos de um colecionador? Adorei.
5) Agora esse, esse... foi a maior declaração de amor que já vi na minha vida. Saí de lá quase chorando. As fotos eram assim: milhões de paisagens e lugares diferentes ao fundo, ora nas montanhas, ora nas estradas, ora perto de algum ponto interessante e bonito. O carro do fotógrafo sempre aparece nas fotos, ora mais perto, ora mais longe, no centro ou no canto. Era um carro preto, quadradinho (parecido com um Lada melhorado) bem antigo porque as fotos eram antigas. Dentro do carro está sempre uma mulher sentada no banco do passageiro, as vezes não dá pra ver ela direito mas na maioria usava lenço no cabelo. No começo achei que o cara era obsecado pelo carro e gostava de tirar fotos dele em bonitas paisagens. No final o artista explica: ele era motorista de taxi e viajava pela Europa levando clientes. Levava a mulher junto. As fotos eram dela em bonitas paisagens pelas quais eles passaram juntos e não do carro. E ela era deficiente física.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Rosa-lilás

Ah Londres, só te digo uma coisa: quem dera fosse sempre primavera!
Depois de ter vivenciado o outono e o inverno (inverno este que acabou comigo), chegou finalmente uma época do ano que achei não chegaria nunca... e que lindo que é tudo aqui! Porque no Brasil a gente não sabe dizer quando começa uma estação e acaba outra. A gente só sabe que o morango dá no inverno mas flor, calor, chuva e banana dá o ano inteiro!
Eu achei que o espetáculo iriam ser as tulipas porquê pra mim são as flores de formas mais simples, elegantes e de cores vivas. Mas as roseiras estão maravilhosas, tenho que concordar! Nunca dei bola porque roseiras são feias, sem graça, crescem compridas com poucas folhas. Mas hoje voltando pra casa passei por uma igreja metodista que tem um jardim bem cuidado, e de onde apareceram tantas rosas? Foi de um dia pro outro? Não sei, talvez eu faça sempre o caminho olhando pro relógio, falando ao celular, pensando nas contas ou simplesmente com sono. Mas hoje prestei atenção e o que vi foi um milhão de cores, com cada canto do jardim querendo chamar mais a atenção. E cada rosa tinha mais uma porção de tonalidades em cada pétala! Fiquei com vontade de cheirar todas mas só cheirei algumas, fiquei com medo que alguem visse e quisesse me catequizar (não iria ter paciência). Vi a maior rosa da minha vida, era amarela. Fiquei com vontade também de roubar uma(s) pra mim. Lembrei do tempo das serenatas, veio daí o costume. Mas me controlei. Fiquei com vontade de adquirir a cultura inglesa das rosas porque existem diversos tipos e tamanhos e cores e eles adoram jardinagem. Bom, mas aí vi no meio de um arbusto, uma rosa de cor que nunca tinha visto nem nunca imaginaria existir: era lilás, assim, roxa-clara. Chegava até a ser meio brega! E aí percebi que poderia se tratar de um desses momentos mágicos de primavera que andam acontecendo aqui quando simplesmente é tudo tão bonito e tranquilo e quentinho que parece mesmo um sonho. E os problemas existem mas o agora é mais importante e o agora manda apenas aproveitar a grama verde com pequenas florzinhas brancas e margaridinhas em miniaturas espalhadas pelo chão. E talvez as rosas nem estejam mais lá amanhã.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Gilbert & George

Exposição Gilbert & George na Tate Modern no domingo. Achei que ia odiar, mas precisava tirar a prova. Eu só queria dizer que eu gostei e não gostei, e fiquei com vontade de fazer igual mas tb me incomodou. E no site da Tate tem uns vídeos com os dois velhinhos, o mais legal é o 2, onde eles mostram como organizam o catálogo de fotos (http://www.tate.org.uk/modern/exhibitions/gilbertandgeorge/)! E senti falta das mulheres. Cadê as mulheres, o corpo das mulheres, a admiração por elas? Que velhinhos mais doidos!!! Bom, é bom discutir impressões com quem tem algo a crescentar, acho até que se eu fosse analisar todas as minhas impressões poderia sair algo interessante... mas tenho preguiça!

Moscas-varejeiras

Como é que se controla o incontrolável? Como é que vou ficar menos ansiosa se o problema que leva a ansiedade por sua vez se agrava com esta última que num crescendo leva a outros problemas e que talvez nem fossem realmente problemas mas nesse bolo (com dose extra de fermento) não conseguem serem vistos menores do que problemas e se se mantém o silêncio seja talvez pra não estourar, porém o silêncio também cresce e se torna insuportável. E aí cada um resolve o não-resolvido não resolvendo-o das formas possíveis. E as formas bizarras e menos fáceis de suportar tomam conta. Miguel se fecha, não consegue tocar no assunto e explode. A BBBia chora e sofre fisicamente sem encontrar motivo. Eu com a ajuda do GP me diagnostico com uma síndrome. Caramba, e essa casa vou te contar, além de todos os problemas agora são os bichos. Pois eu achava que Inglaterra era asséptica. Só cachorros na coleira, pombos de raça nos parques, uma ou outra raposa nas ruas escuras e os meus favoritos esquilinhos! Agora é invasão de lesmas durante a madrugada, aranhas no teto do quarto e uma na banheira, rato que come chocolate importado no quarto da mexicana. E de um dia pro outro apareceram essas barulhentas-gordas-varejeiras-verdes-peludas-moscas. Surgem do nada, Uma já está mortinha na lixeira, me deixa dormir! E eu que já as coletei com puçá usando peixe podre no sol como isca. Já alimentei suas fêmeas com fígado fresco de boi para que pudessem se reproduzir. Já dei água e açúcar como forma de energia pra sobreviverem. Dieta balançeada para as suas larvas crescerem fortes e saudáveis. Mas as fiz comerem umas as outras, irmãs de primeiro grau filhas da segunda geração, as mais fortes consumindo as mais fracas. Será que vieram se vingar? Será que mesmo tendo se passado milhões de gerações após, o râncor delas por mim, que só fiz foi dar alimento, está inserido no DNA dos tetra-penta-hectanetos? Essas moscas malditas que são engolidas pelo próprio ciclo.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Day off

Amanhã é meu day off, é só nisso que consigo pensar. Meu cérebro se limitou a isso. Já não encaro mais as coisas com tanta seriedade, o que é bom, e ruim. Fico feliz porquê mudei. Vieram me contar que minhas managers estavam fofocando de mim: estavam reclamando que eu não sabia o nome de um dos A&F associates. Tem 300 pessoas trabalhando naquelamerda. E a menina ainda se chama Gemma!! É demais pra minha cabeça mesmo! Vou atrás das artes pois só elas trarão a pequena porção de riqueza de que necessito. Quero mudar esse blog, coloquei mais cores mas ainda não está bom. Sem mais.

terça-feira, 24 de abril de 2007