Hoje a tarde estava voltando com pressa pra casa. Peguei o trem pra Wimbledon em Victoria, esperei só 3 minutos. Entrei no primeiro vagão porque geralmente são mais vazios. Sentei, estava cansada. Era um daqueles vagões que além dos assentos um ao lado do outro também tem aqueles sofázinhos para quatro pessoas (embora seja constrangedor sentar em 4 pois não há espaço suficiente para 8 pés e 8 pernas ali).
Pelo reflexo do vidro vi um movimento estranho. Atrás de mim havia um senhor branco, careca e meio gordinho. Ele estava com as duas mãos juntas próximas ao rosto. Falava baixinho sozinho. Estava rezando. Tinha os olhos fechados e estava concentrado. Uma gota de suor escorria entre a testa, a careca e o olho. Mas meu senhor, estamos no inverno! Num dos dedos ele tinha um baita de um anelzão dourado, daqueles bem brega, tipo de formatura com algum emblema, escudo ou coisa parecida.
Eu não tive dúvida, na estação seguinte zarpei fora. Tive que esperar o próximo trem no frio por vários minutos, mas achei melhor assim. Imaginei que terrorista agora tem cara normal e só da pra desconfiar de atitudes suspeitas. Rezar no metrô pra mim foi uma atitude suspeita. Já existem diversos cartazes nas estações e vagões de metrô que tentam 'educar' as pessoas transmitindo mensagens do tipo: 'não coma no metrô pois o cheiro de sua comida pode incomodar os outros'; 'abaixe o som do seu mp3 player ou celular, mesmo que com fone de ouvido'; 'não deixe seus pertences por aí porque eles serão considerados suspeitos'... Será que os carinhas da empresa de metrô precisarão criar um cartaz do tipo 'não exercite sua fé no metrô porque isto pode levar os outros a acharem que você é uma pessoa altamente suspeita com intenções terroristas, ou no mínimo louco, e elas não querem sentar ao lado de pessoas loucas'?
Será que vivi apenas um momento paranóico?
Será que realmente gostaria de ler um cartaz desses amanhã no vagão?
Será que estou me tornando um... uma... ?
Pelo reflexo do vidro vi um movimento estranho. Atrás de mim havia um senhor branco, careca e meio gordinho. Ele estava com as duas mãos juntas próximas ao rosto. Falava baixinho sozinho. Estava rezando. Tinha os olhos fechados e estava concentrado. Uma gota de suor escorria entre a testa, a careca e o olho. Mas meu senhor, estamos no inverno! Num dos dedos ele tinha um baita de um anelzão dourado, daqueles bem brega, tipo de formatura com algum emblema, escudo ou coisa parecida.
Eu não tive dúvida, na estação seguinte zarpei fora. Tive que esperar o próximo trem no frio por vários minutos, mas achei melhor assim. Imaginei que terrorista agora tem cara normal e só da pra desconfiar de atitudes suspeitas. Rezar no metrô pra mim foi uma atitude suspeita. Já existem diversos cartazes nas estações e vagões de metrô que tentam 'educar' as pessoas transmitindo mensagens do tipo: 'não coma no metrô pois o cheiro de sua comida pode incomodar os outros'; 'abaixe o som do seu mp3 player ou celular, mesmo que com fone de ouvido'; 'não deixe seus pertences por aí porque eles serão considerados suspeitos'... Será que os carinhas da empresa de metrô precisarão criar um cartaz do tipo 'não exercite sua fé no metrô porque isto pode levar os outros a acharem que você é uma pessoa altamente suspeita com intenções terroristas, ou no mínimo louco, e elas não querem sentar ao lado de pessoas loucas'?
Será que vivi apenas um momento paranóico?
Será que realmente gostaria de ler um cartaz desses amanhã no vagão?
Será que estou me tornando um... uma... ?
Um comentário:
Esse é o maior terror imposto pelos terroristas. O pavoi contastante.. Isso me dá medo tambem!Nem sei o que seria melhor para fazer nessas situações~!
rsrsr
BOm, logo eu estarei ai!r
srsrsrsr
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