domingo, 3 de dezembro de 2006

Passeio no interior

Chegando na cidade, atravesse a ponte. As roupas que foram lavadas ficam penduradas logo ali, na beira do rio mesmo. Vá andando, mas não precisa andar muito, logo `a direita você vai ver o mamoeiro, com os maiores mamões desse mundo! Aproveita, já estão quase maduros. A vida no interior tem outro ritmo então não precisa ter pressa pra aproveitar o passeio. Vá seguindo pelo rio. De longe, pode-se avistar palmeiras bem altas, é onde fica a vila com casas rosas e azuis e a plantação de banananeiras. Se chegar na hora certa, você vai encontrar, sentado nas pedras do rio, o pescador – acho que hoje foi dia de um belo dourado! Esse pessoal adora conversar, se der trela você vai ouvir um monte de histórias sobre a natureza com aquele sotaque encantador! Depois de um belo almoço com toda aquela comida caseira, a sombra de uma árvore qualquer e a paisagem de idílio convidam os namorados a se sentarem abraçadinhos. Com o sol a pino, só os cactos agüentam esse calor! Mas vale a pena depois conhecer lá para os lado das colinas sempre verdinhas, onde tem também outra vila. É a paisagem com touro que chama a atenção de quem passa, aquele baita zebu, no meio da praça! Deve ser por isso que tem cerca pra todo lado. Mas interior tem dessas cenas inesperadas mesmo. E se, depois desse passeio, você ainda não estiver certo de que a vida no interior é cheia de cores, movimentos e sabores, vá até o lago, onde as montanhas tem a cor das águas e as águas de céu. E a vegetação é exuberante, cada planta um formato. Tem palmeiras, epífitas e aquáticas e as paineiras estão em flor. E uma vez estando lá, você vai achar que entrou no sonho de alguém. Que essa calma e essas cores fazem parte da mente criativa de um artista. Bom, isso é verdade. A vida caipira é assim, tem outro tempo, tem outro ritmo e muito mais cor! E Tarsila me faz lembrar de tudo isso!

2 comentários:

Anônimo disse...

Irmã,
eu amei seu blog. Puxa, seus textos me contam um monte de coisas que nao sei sobre vc. Que louco, ne?
Acho que nunca conseguimos abandonar totalmente nossa condição de ilhas, mas é tão bom quando a gente sente que se aproxima.
Espero que vc esteja bem - vivendo profundamente suas experiencias, seja elas quais forem.
Saudades.

Anônimo disse...

e os quadros da Tarsila sao perfeitos...